quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Alexandrina de Balasar - Eu sou uma corrente divina

Eu sou uma corrente divina, sempre pronta a ajudar, quando me chamam dou a luz que ilumina, uma força para caminhar.


A oração sempre presente, para que eu possa orar, eu estou no vosso lado pronta a ajudar os que me olham com amor e os outros me olham por favor. Eu sofri por amor a Deus, eu sempre soube que o sofrimento era a causa da minha maior dor, sofri por todos vós e aqui estou eu em oração com todos os que aqui estão.

Eu sou uma corrente divina, que veio para vos dar força e alegrar os vossos corações, sabeis que não é fácil para conseguir chegar a este patamar, que é de luz, de oração e de eu entrar por todos vós, o Pai nos dá força e a mente para que possamos seguir os pedidos que nos fazem, são muitos, mesmo muitos, nós vimos todo esse sofrimento, neste momento cada vez mais, há mais sofrimento, são muitos e muitos a pecar e todos querem, todos querem, viver, viver e não se lembram que a vida é feita do bom e do mau, mas todos só querem caminhar pela estrada que menos tenham para andar, é mais curta, é melhor, e chamam-nos com mais força do que esta em que nós caminhamos, é mais fácil seguir a outra do que a nossa, mesmo assim passamos todos, os que nos querem bem, todos juntos a orar, e a pôr-lhes um travão na frente e não os deixar passar, quantos mais passar, mais temos que trabalhar, e porque não trabalharmos agora, e pedir para que eles não pensem mais, e não os deixar passar, são teimosos, passam mesmo connosco a orar, que havemos nós de fazer, com todas as nossas orações eles não querem acreditar, então continuamos a orar, a não desistir, porque esse dia vai chegar, eles vão-se todos redimir, com todos aqueles que estão a sofrer por essas terras do além.

Foi enviado um sinal em que deixavam aqueles que oravam, e os outros só caminhavam ficaram todos mal, a luta vai ser muita, e não se conseguem ajudar, é a luta, a luta é constante, e nós sem podermos ajudar naquilo que tanto queriam, vamos lhes dando a paz, alento à alma, segurança divina, e pedir, e retirar forte sofrimento porque eles estão a passar, foi o sinal de Deus, que lhes foi enviado, e todos se servem dele, se julgam o que vamos fazer, é pedir ao Pai, pedir com que nos ajude, e os ilumine e que todos nós, nas orações conseguimos lá chegar, como eu consegui com a oração, por isso me tornei na corrente divina enviada por Deus, para ajudar, testemunhar que quem tem fé tem sempre aqui lugar, quem não tem terá que orar e procurar para poder aqui chegar, eu sou Alexandrina de Balasar, estou sempre presente com a corrente divina, chamaste para aqui estar, aqui estou eu, a tentar com as minhas orações vos ajudar, perdoar e amar, vamo-nos amar todos uns aos outros, assim como Deus nos amou e vamos todos nos preparar a caminhada com o oração, com amor no coração e pedir por todos aqueles que aqui querem chegar mas que ainda não estão prontos, tão todos a caminhar, está tudo fora do seu lugar, muitos se me vê, muitos mostram, mas só não conseguem mostrar aquele que ainda está para chegar, vamos orar, pelos momentos que ainda vão chegar, uma parte já está destruída, é só o começo, mas vai acontecer, mais terra vai tremer e mais, muito mais, ainda há para fazer, vamos orar, vamos ter fé e vamos pedir para que nos oiçam, para que todos juntos, nós possamos chegar ao Pai, para que nos dê o seu amor, em nome do Pai vamos pedir que a luz divina nos ilumine e nos encha a nossa alma de luz para que assim possamos estar prontos para pedir e orar em nome das pessoas, é o nosso verdadeiro Pai que nos dá força e coragem, que nos dá tudo de bom para que possamos com Ele sempre, sempre estar e amar, amai como eu amei, orai como eu orei e pedi com pequenas palavras, é só simples pedir, só falar no Pai, com amor e ele nos dá força para caminhar, para que nós todos juntos possamos andar, andar, andar sem nunca nos cansarmos de pedir.

Por donde passais pedi, por donde poderdes orai, estaremos sempre à espera das vossas orações, em nome de Deus nosso Pai, eu vos deixo com a oração que nos ilumina a alma e o corpo, a oração é aquela que vos dá força, que nos dá o amor divino, é o Pai-nosso que estais no céu.

Pai-nosso que estais no céu, santificado é o vosso nome na terra como no céu, assim seja a sua vontade, assim na terra como no céu, é o pão de cada dia aquele que nos dás hoje, perdoa-nos se poderes tudo àqueles que temos à frente, as tentações não nos deixes, livra-nos se poderes de todo o mal e olha por nós até chegarmos ao juízo final. Pai, eu te amo do fundo da minha alma, e oro por todos, e que vou continuar a orar.

[…] O mundo está todo numa autentica revolta, por mais que ande, mais que o queiram rodar não conseguem fazer parar, as guerras mesmo contra nós, mesmo contra o Pai, uma revolta tão grande para os fazer acreditar, eles acreditam, mas são daquele que os leva ao caminho do mal, são aqueles que querem acreditar, que a luz chega, está prestes a chegar para ajudar os que caminham num bom caminho, só a maioria, caminham no mal, sempre prontos a disparar a pior arma, são as palavras que fazem correr e lhes fazem nelas acreditar, elas conseguem entrar, quando saem, todo aquele calor, só saem, e serve só para destruir, só vivem sem amor, mesmo assim é tudo falado em nome do Senhor, vamo-nos nós juntarmo-nos todos e colocar com a oração uma barreira, e não nos tentar deixar aproximar, e vamos sempre acreditar, nunca parar de acreditar, nosso lado é bom, irmãos orar, orar.

Alexandrina Maria da Costa

Alexandrina Maria da Costa




Nasceu no lugar de Gresufes, freguesia de Balasar – Póvoa do Varzim a 30 de Março de 1904



Morreu no lugar do Calvário, freguesia de Balasar a 13 de Outubro de 1955



O seu corpo está sepultado na Igreja Paroquial de Balasar

sábado, 23 de janeiro de 2010

Jacinta de Jesus Marto


Jacinta de Jesus Marto


Nasceu em Aljustrel, Fátima, a 11 de Março de 1910


Morreu num Hospital em Lisboa a 20 de Fevereiro de 1920


Pastora em conjunto com seu irmão Francisco e a sua prima Lúcia


O seu corpo está sepultado na Basílica do Santuário de Fátima

Jacinta Marto - Éramos os três, muito amigos, pequenos, divertidos, e sempre prontos a ajudar

Éramos os três, muito amigos, pequenos, divertidos, e sempre prontos a ajudar, todos os dias, saíamos de casa, e levávamos a passear e alimentar todos aqueles animais, antes de sair juntava-nos os três e rezávamos. Aos saltos lá íamos todos nós, corríamos aqueles montes, uns por um lado, outros pelo outro, mas éramos felizes, sem medo, daquilo que podíamos encontrar, assim um dia, lá dos céus vimos uma luz a brilhar, aí sim, ficamos os três com muito medo, fugimos por aqueles montes, só chegamos a casa cheios de medo, não falávamos, prometemos uns aos outros, não abrir a nossa boca, e assim o fizemos, outro dia voltava a acontecer e assim foi, até que fomos obrigados a falar, não pensem vocês que a história que contam que é a verdadeira, fomos pequenos, se éramos felizes e brincalhões depois passamos a ser os prisioneiros daquele povo, meus pais também lhes custaram a acreditar e também tivemos que sofrer, passar mal, íamos, que tínhamos que levar os animais, mas sempre acompanhados, sempre feitos prisioneiros, chegou o sofrimento, era muito, muito, e foi melhor aquele que nos aconteceu, foi levados para o céu, aí a Mãe nos ajudou a partir, o sofrimento que nos causavam era muito, não podíamos falar, não podíamos andar sozinhos, era assim que queriam que nós crescêssemos naquele sofrimento, foi então, surgiu a partida, aí fomos felizes, mesmo todos aqueles que nos rodeavam, depois de partir, que nos fizeram sofrer, passaram eles, pequenos éramos, mas com muita fé, levaram-nos, ninguém se lembrava de nós, tudo foi uma ilusão, tudo esqueceram, e ficamos anos e anos e anos, a minha prima ficou, a Lúcia, o sofrimento que ela passou, sempre que lhe perguntavam ela dizia o que viu, nós pequeninos que éramos tiveram medo, que nós não nos calávamos, era tão belo, nós tudo contávamos, antes passaram e nos deixaram naquele lugar, reparem agora como está, à nossa custa, pela nossa fé, por tudo quanto acreditávamos, tudo fizeram, não por nós, porque nós somos a simplicidade, mas sim pela ganância, tudo fizeram, deixaram ficar uma amostra daquilo que era, era tão lindo e agora tudo é diferente, levaram-nos parte do resto que ficou, mas a alma o mais importante, não, essa não conseguem, pedem, pedem, pensam, por estar feito aquela grande obra naquele lugar, que ali que existe, a maior fé, é engano, ali pertence a maior seita, fazem isso só para que o mundo acredite neles e nós estamos prontos sempre a pedir por eles, para que tenham compaixão, piedade, por tanto mal que nos fizeram. Só acreditaram muitos anos, mas levou muitos anos, minha prima, ainda sofreu mais do que nós, ela ficou, de um lado para o outro, sempre a levaram, nunca a deixaram ficar muito tempo, porque aí começaram por lhe perguntar e ela estava proibida de falar, quando começava a ser muito conhecida voltavam a leva-la, passou a mocidade toda enclausurada sem poder falar, sem poder sair, apenas tinham por donde ela passou, só força da natureza, não havia mais nada, só a natureza, era ai que ela escrevia e falava, para a Mãe, que sempre lhe deu força, é sempre acompanhada, pelo alto, não podia falar com mais ninguém, assim foi ajudada para que tivesse fé, muita coragem, que soubesse sofrer, ela ficou para ensinar aos outros o que era sofrimento e humildade, passou já com meia-idade, para o lugar de onde ela partiu, foi mostrada ao mundo de que adiantou, se tudo o que ela falou lhe foi imposto pelo homem, toda aquela seita, que a rodeava só podia falar o que a deixavam, depois disso, foi levada e voltada a ser enclausurada, ela escrevia, escreveu muito, e tudo que ela escrevia escondia, para que não lhe encontrassem o diário, era a única coisa que ela tinha e com quem ela podia falar, algumas visitas ela tinha, mas sempre vigiada, mas ela sempre foi muito ajudada, e só respondia mediante aquilo que podia, com um sorriso sempre nos lábios, para todos que a iam visitar, só levavam lá quem os grandes senhores deixavam, nunca lá deixaram entrar quem ela tanto gostava de ajudar, nunca acreditaram nela, aquilo que ela falava, que tinha visto e continuava a ver, chegou o momento em que pensaram que ela não estava bem, médicos a visitaram sem ela poder falar, porque sempre foi vigiada, e agora, partiu com nós partimos, poderá acontecer perante o mundo, depois da morte, ela seja mais bem tratada do que nós, para quê tanta hipocrisia, quando nós podíamos falar, não nos deixaram, agora ninguém nos pode proibir de contar, de falar, de sorrir, de voltar a ser aquilo que éramos, e ter pena daqueles, fingem que acreditam e tudo fazem agora para que os outros acreditem.


A história é verdadeira, da nossa vida, foi curta, mas foi tão bela, em oração continuamos, porque nunca desistimos de orar, porque aquilo que fomos, continuamos a ser, a força que tínhamos, continuamos a ter, o bem que queríamos, continuamos a dar, a alegria que sentíamos, continuamos a espalhar, o amor que temos, continuamos a ensinar, é a fé que Deus nos deu, continuamos a dar, ensinar aos outros, aquilo que fomos, continuamos a ser, e a paz continua e o amor a reinar por todos aqueles que acreditam e continuem a orar, orem pelos que precisam, por aqueles que vós pensais que não precisam, porque todos nós, de uma forma ou de outra, todos precisamos, a luz brilha para todos, e nós somos, a força, a fé e a salvação, de todos aqueles que acreditam, e vamos orar, por todos aqueles, que ainda lhes custam a creditar.

[…] Não foi a imagem, foi luz e voz, a voz e a luz tão forte, tão forte, e que nos falou, sempre que vinha ter connosco, só nós é que a ouvíamos, só nós é que a sentíamos, todas as pessoas que nos rodeavam não queriam acreditar, só os meus pais passado muito tempo, muito tempo, é que começaram a ver em nós a diferença, nós só queríamos estar naquele lugar que ela mandava, só ali é que nós sentíamos bem.

[…] Era luz, que se transformava, falava, marcava uma hora, para que nós voltássemos.

[…] Era uma beleza, era tão belo, tão belo.

[…] Nós estamos com os dois, nunca nos separamos.

[…] O Francisco e Jacinta, mas Lúcia também ouve e autorizou a que falasse um bocadinho da vida dela.

[…] Sabíamos, mas ela tudo o que sabe, não está autorizada a contar, há uma semana, que andamos a falar com ela, mais nuns dias do que noutros, tivemos a prepara-la, ela, também não queria acreditar, nunca pensou que nós estivéssemos a falar, tinha medo, e não falava, hoje lhe foi dada a força, coragem, e lhe dissemos que ela podia falar, contar a nossa história, é verdadeira, mas que a podem ainda ajudar, não só a ela mas a todos, saibam, e que a possam nela acreditar, foi-lhe dado o momento, nela poder falar, passou uma semana, sempre a perguntar, e assim lhe foi dada a coragem, força interior para ela poder falar, nem tudo o que contam foi a verdade.

[…] Tudo o que nós vimos foi verdadeiro, o que nos fizeram, por tudo o que vimos e contamos só nos deram sofrimento, sofremos muito, muito, ficamos doentes, porque aquele povo, aquela seita que nos rodeava, sofrimento que nos causaram, foi aí, que a luz chegou e nos levou, ficou só Lúcia, conseguiu com a ajuda divina, ter a força para poder, pedir por nós, pelos outros.

[…] A luz.

[…] Não, tudo que falou, vós estais a passar por tudo isso, quem acredita, quem ora, será sempre mais ajudado, não sofrerá, tanto quanto os outros.

[…] A imagem que nós vimos, só nós é que a podemos ver, nós só dissemos o que vimos, mais ninguém viu, apenas nós, aquilo que falam, o que inventam, a imagem tinha falado, só nós é que víamos, ninguém, ninguém mais de todos aqueles que nos rodeavam conseguiam ver.

[…] Era, só lhe víamos a cara, o resto, tudo era luz.

[…] Era a Mãe, Mãe de Deus.

[…] Era a Senhora, a Mãe de todos nós, foi assim, que ela falou.

[…] Sim era a Mãe, Mãe, foi que nos ensinou a orar e a pedir, todos, estes por aqueles, que nos causaram tanto mal, ela nos ensinou a orar.

[…] Jacinta.

[…] Conheço, mas nunca pode falar, nem lhe foi dada, sempre teve de ficar calada, como nós, foi isso que nos fizeram, nós fomos levadas, ela ficou, mas sofreu, nós sofremos. (2008)

domingo, 3 de janeiro de 2010

Padre Américo - A casa do amor, a casa da humildade e a casa da compaixão

Chamaste aqui estou eu, este lugar tão fraterno onde tu te encontras é de oração, a ti, a todos os outros e os demais, orai, orai, a oração é aquela que nos pode dar a paz, o amor e a união, não sofras, por aqueles que não conhecem o sofrimento, mas ora por aqueles que nada tem, mas que um dia que está presente mais depressa do que julgam tudo irá ser diferente, encontrão dali, empurrão dacolá, e as coisas se irão modificar, tudo na vida tem um tempo e esse tempo é valioso para aqueles que nada sabem e que julgam que tudo aprenderam, mas tanto lhes falta que nada têm, só têm apenas o repio da vingança, não te deixes amedrontar por nada que te venham falar, educa porque assim será o momento de sabedoria, para que ele possa educar quem nasce, só tu te deixaste enganar muito tempo, mas foi preciso para que também fosses educado, mesmo adulto nós sabemos que necessitamos da educação para conseguirmos alcançar e termos a nossa paz no coração, palavras estas, não quero que fiquem em vão, mais uma vez te peço irmão, segue em frente, é o teu rumo, tens que seguir, é o amor que tens para dar, não desistas mesmo que do outro lado não saibam aceitar, amastes e nunca fostes amado, será agora neste momento, na tua grande oportunidade de reconhecer o quanto és amado, não pelo passado, mas o presente que está ao teu lado, são palavras duras mas tens que as ouvir, porque nunca quisestes entender, deixaste levar, não merecias, mas acabam por te conseguir aldrabar e te levar nos pensamentos que não deviam. Vieste, não foi por acaso, eu te chamei aqui à minha casa, a casa do amor, a casa da humildade e a casa da compaixão por todos aqueles que me merecem assim ou não, irmão sais daqui a pensar, não penses muito porque tu começaste a pensar, outros te induziram no caminho errado, onde agora tu consegues te aperceber, ainda bem irmão, nunca é tarde, tudo tem o seu tempo, neste momento chegou a altura de colocares como esteio à frente. Irmão diz comigo: parem, não me deixo mais enganar, eu sou o caminho da verdade, e desistam de tanta maldade, elevem os vossos corações ao alto e peçam por aquele que nada, mas nada culpa tem, da família que o espera. Abençoados sejam todos aqueles que tem querer em Deus, eu vos ilumino para que possam seguir as minhas palavras e o meu caminho. Força irmão, força irmão.