sábado, 23 de abril de 2011

Jacinta Marto (1910/1920) – Amai-vos, respeitai-vos e sigam a luz que vos ilumina

Do meu dom espiritual te é dado, para que possas passar aos outros o bem mal, que eu tenho passado, o bem e o mal que eu tenho passado, para que sirva de exemplo a todos aqueles que querem julgar aquilo que me deixaram mostrar, para que possais vós também mostrar agora neste momento aos outros, que a luz do vosso coração se ilumine, para que possais caminhar e passar pelos sítios mais sagrados que têm passar. Que esta mensagem vos sirva para vos ajudar aos momentos maus que passasteis, mas que ainda têm que passar, momentos esses que ainda não estão completamente libertos, porque a dor ainda existe dentro do teu coração, liberta-te dessa dor e deixa-os ficar para que eles possam caminhar pelo caminho que criaram, não te deixes a ti entrar nesse caminho, esse caminho não é o caminho mais correto para que tu possa caminhar, caminha na luz é essa que te estamos a dar e a te mostar, a luz do amor, a luz que brilha e a luz que te vai conseguindo libertar dessa dor.

Pediste, aqui estou neste lugar aonde me encontro, olha em frente e vê natureza, essa foi posta pelo Pai, pela Mãe, para que nós a possamos contemplar, segue essa natureza, porque é mais pura é aquela que nos liberta, é aquela que nos retira a dor, é aquela que nos deixa seguir, nos ensina a caminhar e nos dá tudo aquilo que nós precisamos: o amor, a paz, a tranquilidade e a vontade de caminhar e de ensinar aos outros, a esses que nada, nada têm e tudo fazem para mostrar aquilo que não lhes serve de nada e nem forças lhes dão para que eles possam caminhar, mas ensiná-los a verdade isso eles não querem que nós os possamos ensinar e encaminhar, não conseguimos tampouco entrar, entrada não é fácil, está fechada a porta, está escrito aqui, estamos nós nesta ordem e do mal por ela caminhamos e é essa que vamos seguir até que possamos fazer e tentar aquilo que nós há muito, mas muito tempo, andamos para conseguir.

A vossa luz é forte, mas nós vamos tentar pouco a pouco vos retirar, não vos deixeis vós por esse caminho entrar, não caminhais naquele caminho, não cruzais os quatro caminhos, sigam por aquele que é o mais difícil, mais longo a percorrer, mas é o caminho da fé e é esse aquele que nos dá forças para viver. Ajuda, vos damos, e vamos continuar a dar, apertando-vos as mãos para vos auxiliar, a corrente é forte como eu também e é essa força que vós tendes que seguir, pedindo muito para que nós possamos também pedir. Amai-vos um ao outro, uni-vos de mãos dadas para que a força siga a bela corrente, que ilumina a corrente que vos segue e a corrente que vos vai tentar ajudar, vamos atravessar alguns momentos difíceis, mas tereis do nosso lado sempre uma mão caridosa que vos ajuda e vai continuar a ajudar.

Como é belo este lugar, onde à luz, onde à esperança, onde à espaço para caminhar, para pensar, para orar e para contemplar, é assim que nós gostamos de nos sentir com alguém que vem, que nos fala e que nos ensina também a sorrir, nos deixam ficar lembranças, as lembranças do quando éramos pequenos, que falam como se nós ainda aí andássemos é isso que nós gostamos de ouvir, que os nossos caminhos tem sempre a nossa presença, os nosso passos, o nosso cheiro, e vos deixam ficar sempre as nossas lembranças.

Eu sou Jacinta, mas também tenho o meu irmão, a minha prima vem a caminho para se juntar a nós, ainda não chegou, ainda não lhe foi dado o seu tempo de se juntar a nós, pelo caminho que ela está a percorrer é um caminho sagrado, mas é o caminho que ela ainda tem que ser ajudada, porque passo, passo que ela vai dando, vai tendo sempre que fazer as suas paragens para ajudar aqueles que nela vão acreditando, terá o seu trabalho ainda para fazer, porque nunca o conseguiu fazer quando ainda se encontrava num mundo do ódio, da exploração, mas neste lugar, desde que ela tudo ai deixou ficar, vai ter que percorrer por ordem aquilo que o Pai e todos nós a vamos ajudar a ela seguir o caminho, mantendo sempre em oração e dando as mãos a todos aqueles que ela tem ainda do seu lado, para que ela vos possa ajudar, vamos também todos nós ajuda-la com as nossas orações para que ela consiga chegar até junto de nós e nós neste belo lugar, vamos com o amor do Pai também ajudar com a luz, iluminando a ela e a todos vós que ainda em nós depositais a confiança, o amor, nos vossos corações.

Amai-vos, respeitai-vos e sigam a luz que vos ilumina, não vos deixem passar por aquilo que vos querem fazer passar, segui em frente, não se deixem maltratar, mas sim sempre com muito cuidado pelo caminho que tendes que passar, tracejai-o e não vos deixeis vacilar. É esta a mensagem que eu vos deixo ficar, orai e pedi ao Pai por todos aqueles que não sabem o que querem. (260211)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Padre Moura (1839/1887) – Com a alma pura, limpa, teremos mais vontade de viver

Passo por todos os lugares, por aqueles que me chamam e continuam a chamar, são muitos os lugares aonde eu tenho que passar. Uns me visitam aqui neste lugar, aonde o meu corpo se encontra, minha alma esvoaça para poder atender aqueles que com amor me querem ouvir, me pedem para os ajudar, caminhar, se livrarem das coisas más, eu assim faço, vou distribuindo o que posso, aquilo que me deixam, porque assim me ensinaram.

Fui criado humildemente e daí me tornei naquilo que sou e aquilo que vocês vêm, no presente dei, dei, distribui a palavra do Senhor por todos aqueles que me vinham ouvir e eu conseguia com eles distribuir, falar e dar o que vinha do alto, era a esperança de viver e de os ensinar que a alma sofre e nos faz sofrer. É como uma doença que vai e vem, que estamos preparados para a poder aceitar, nem tudo é mau, mas o corpo precisa de aprender com todas estas coisas de sofrer, faz parte do ser humano, temos que saber é distinguir o sofrimento do corpo e da alma. Curando a alma, nos ensina, depois dela curada, aprendemos a viver, com a alma doente, todo o corpo sofre e não conseguimos sequer o porquê do nosso sofrer. Com a alma pura, limpa, teremos mais vontade de viver e mostrar a todos os outros que somos o que somos e só temos valor por aquilo que somos, que fazemos e aceitamos as palavras que nos dão, que nos ajudam, que nos protegem e não se deixem confundir com o amor divino e com aquele que nos tentam enganar e nos dar a ocasião para nos poderem mal tratar.

Escrever páginas e mais páginas, livros e mais livros de nada adianta, com um simples jornal, deixa-lo passar, esvoaçar como um avião, que vai voando, voando e quando não consegue mais voar, vai espalhando página, mais página e elas vão esvoaçando e vão caindo como as sementes, caem e nos dão o sustento, aqueles que conseguirem ler e ouvir, só assim nos ensinam. Nem tudo o que vos dizem é bom, nem tudo o que vos fazem também, largai, pondo-vos à distância, por, pelo que vejo não é o momento melhor para poder juntar, com o mal que têm, eles querem dar, desviai-vos que a corrente não é boa, as sementes também, semeais noutro lugar, pode ser que um dia vocês conseguis escolher e dá-las depois aos que ficam, para que eles as possam semear, assim fizeram quem por vós olhou, tanto semeou, semeou e nada conseguiu colher, apenas foi dado o momento de convosco repartir, que a vida só é bela quando nos deixam caminhar para poderem sorrir, assim estive eu muitos anos à espera daquilo que me deram, para isso foi preciso sofrer e chegar onde cheguei, partir como parti e de ver que do alto a luz tem mais força e com esta luz eu posso ver os que me querem bem, os que estão a sofrer e aqueles que querem ser ajudados para poderem passar como nós passamos para este lado.

Viésteis aqui, me trouxeste a luz daqueles que já partiram, aqui estão próximos, aqui do meu lado, a luz me trouxeram foi aquilo que sempre me deram, com humildade. Colhiam e as traziam, sua cor como a luz, reflexo também, assim as flores traziam o brilho, aquelas que eram postas aqui pela tua mãe já à muiiitos anos, já lá vão mais de vinte, deixei ter essa luz que era aqui colocada, chegou a altura de os receber pelas mãos do seu filho que as vieram aqui trazer, a luz se iluminou e as flores se vão multiplicar para que mas possam trazer, não só para mim, mas a luz para todos nós, que nos encontramos aqui neste lugar.

Eu sou o padre Moura, tanto escrevi e deixei ficar obras, que uns leram páginas e mais páginas para ensinar a todos que a nobreza nos é dada, mesmo nascendo nós como eu nasci, na humildade e com muita pobreza, mas tinha o que era de melhor, tinha a alma pura, uma alma que nunca a deixei sofrer, curar a alma é mais difícil, depois da alma curada nos dá mais força e nos deixa viver e ajudar os outros a viver e a compreender que é uma missão que temos, é de ajudar a passar as mensagens que nós vamos deixando, para que nunca se possam esquecer que nós existimos. Como sempre, este lugar é divino e andamos todos à procura de poder entender, muitos não acreditam que deste lugar nós conseguimos ver, ouvir, falar e ajudar aqueles que mais precisam, é a missão que temos e é para aquele que estamos preparados para fazer. O Pai manda, o Filho obedece, é esta a missão.

É esta a mensagem que querias ouvir, aqui me tens, vou partir para que outros possam também pedir e nós vamos tentar distribuir por todos um pouco daquilo que nos ensinam a fazer. (130211)